pump six

Bastante diferente em tom e cirscustâncias, este conto abre com um homem a entrar na banheira de água quente. Na água está já a esposa, mas o facto de esta estar morta não o impede de se banhar lentamente, enquanto recorda as razões pelas quais a matou, e se questiona como deverá proceder em seguida – telefonar para uma linha de emergência? mas a esposa já está morta, já não existe urgência. Talvez telefonar para as autoridades, ou antes para um advogado…

A meio uma vizinha bate à porta com o intuito de pedir uma pá. Entre a perplexidade e o ridículo da situação, o homem refere propositadamente o cadáver na banheira, esperando ver resolvida a indecisão – mas a vizinha não o toma a sério e, julgando estar a interromper um episódio de intimidade conjugal, desaparece rapidamente com a pá emprestada.

História curta e irónica, leva o leitor tão perplexo quanto o perpetuador do crime, num acompanhar surreal dos pensamentos do homem que, sem grandes motivos, mata a mulher e não parece sentir grandes remorsos.