Argentino, nascido em Buenos Aires, Adolfo Bioy Casares foi não só amigo como colaborador de Jorge Luís Borges. Escreveu sob pseudónimos como H. Bustos Domecq e B. Suarez Lynch e as suas obras valeram-lhe vários prémios, de entre os quais se destaca o de Cervantes, em 1990.

Por estranho que pareça, só recentemente comecei a ouvir referências a este autor e às suas obras. Tinha já lido O Diário da Guerra aos Porcos, uma obra que achei impressionante e de humor estranho, que mais tarde será alvo de referência num post apropriado. Foi com este pequeno conhecimento prévio que peguei n’A Invenção de Morel, uma das obras mais importantes de Casares.

Um livro pequeno, não entendi nas primeiras páginas a razão de tanto fascínio suscitado pela obra. Mas é com o desenrolar, com o antever de uma realidade inesperada que se ganha impeto até ao final. Um final que não podia ser outro, mas para o qual me acelerei na esperança de poder haver uma saída diferente.

E é desta forma que o livro passa “apenas” de uma obra bem escrita, para uma história arrepiante e fascinante que carimba as nossas mentes.

Existem ainda outros livros do autor, publicados em português, pela Cavalo de Ferro, que farão, provavelmente, parte das próximas aquisições.