Num primeiro quadro silencioso, uma cama. Nela uma velhota vegetativa a quem são mudadas as fraldas. Ao lado, um velhote.
Num segundo, o velhote come. À mesa está também a jovem que antes cuidava da idosa.
Terceiro. O quarto está vazio. Na cozinha, um velhote relaxa em cuecas, enquanto a jovem em lingerie lhe fotografa as zonas púbicas.
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Para não dar azo a interpretações estranhas, cada quadro representa uma visualização diferente da mesma janela, distando algumas semanas umas das outras. A janela é a de uma casa abaixo do nível do chão. Os acontecimentos, esses, são reais. Ou surreais.
Surreal mesmo.