Com um título aparentemente incoerente (mas que se revela bastante enquadrado no final), a história centra-se na única rapariga cuja infância não foi pré-programada à semelhança do Rapaz, um jovem que serviu de modelo para todas as infâncias vividas. Como a mais jovem a bordo (os restantes encontram-se adormecidos até ao final da adolescência), a rapariga sente-se isolada das vivências partilhadas pelos restantes. Até que o Rapaz regressa…
O mundo descrito neste conto relembra o Admirável Mundo Novo, em que todos os seres humanos são cópias, neste caso não em termos físicos, mas em termos psicológicos. Ainda que alguns possuam características próprias, as lembranças da infância são todas iguais: todos deixaram morrer as colheiras por não as terem regado, todos partiram o braço enquanto jovens.
Uma história arrepiante que poderia ter sido melhor conseguida, principalmente no final, que se afasta do que parece ser o ponto principal: a singularidade de um indivíduo e a sua necessidade de integração. Sem ser apaixonante, possui uma premissa engraçada que poderia ter sido melhor aproveitada. No final o sentido da história ramifica-se, perdendo o devido impacto. Este é, sem dúvida, o conto mais fraco do conjunto.
Comentários a outras histórias da mesma revista e edição:
A Separate War – Joe Haldeman
The Bookmaking Habits of Select Species – Ken Liu
Love Might Be Too Strong a Word – Charlie Jane Anders
