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141 – A agência de viagens Lemming – José Carlos Fernandes – publicado inicialmente em conjunto de duas tiras em cada edição de jornal, reúne as deambulações de um possível cliente que pretende descobrir um bom destino para as suas férias. Na agência dão-lhe a conhecer terras demasiado exóticas, demasiado aventureiras, demasiado estranhas ou demasiado envolventes. Com um humor subtil é de realçar o momento em que a realidade ultrapassa a ficção;

142 – Os Vampiros – Filipe Melo e Juan Cavia – O novo livro da dupla contem uma história forte onde é palpável o nervosismo escondido de um soldado no meio da selva. Neste caso trata-se de um grupo de soldados que parte em missão, durante a Guerra Colonial, na Guiné. O cenário provoca por si inquietação, aumentada pelo sentimento de guerra e pelo sentimento de claustrofobia – uma mistura explosiva que deixa qualquer um à beira da loucura. Um excelente trabalho do qual falarei mais detalhadamente;

143 – Facas – Valério Romão – Sangrento, cru, bruto – este pequeno livro apresenta três pequenos contos sob temas relacionados com facas, bastante diferentes em tom, formato e estilo. Começa por apresentar cenários degradados e degradantes, a decadência total da espécie humana, para passar a uma série de utilizações para as facas, terminando com uma sucessão familiar de eventos sangrentos, destino herdado conjuntamente com uma faca;

144 – Biblioteca – Pedro Mexia – Dentro do género de livros sobre livros, Pedro Mexia mostra uma prosa pouco apaixonante e pouco envolvente num conjunto de textos pouco homogéneo onde se fala de livros, autores e relações literárias. Ainda assim conseguiu convencer-me a adicionar alguns livros à lista de aquisições futuras (não que seja muito difícil).