306 – A conversão dos nus – Nuno Ferreira – O autor de fantasia português arrisca num novo género, construindo uma história que é sobretudo ficção histórica. Existem, claro, toques de fantástico (ou sobrenatural) mas no centro encontramos Belchior, um assassino cuja próxima missão o leva à vila natal e a todos os deixou para trás há muito tempo. Entre os rancores que guarda e as novidades que o aguardam, o percurso do assassino não será fácil, principalmente quando se vê envolvido numa trama que tem por objectivo a independência de Portugal do rei Espanhol. Trata-se de uma narrativa movimentada, com algumas arestas para limar, mas que considero ter sido mais bem conseguida do que outros livros, mais fantásticos do autor;

307 – O Cidadão sem sombra – João Ventura – Fabulosa compilação de história do autor português que é conhecido pelos seus micro contos e contos reduzidos. As histórias são diversas em temas e conteúdos, algumas absurdas, algumas alusões a Borges e a bibliotecas, algumas referências a histórias conhecidas. O conjunto é excelente e recomendável;

308 – Ascendance of a Bookworm – Volume 1 Part 1 – Miya Kazuki, Suzuka e You Shiina – A história começa por nos apresentar uma jovem japonesa que gosta tanto de livros que morre soterrada numa pilha que desabou. O que é o pesadelo comum dos bibliófilos concretiza-se aqui para iniciar a história. A jovem acorda numa outra realidade, num mundo de contornos medievais, como uma criança pequena, filha de um simples soldado. Nesta condição, é uma criança doente numa realidade de conhecimentos muito básicos – mas mantendo algumas memórias da vida anterior, a criança vai começar a apresentar alguns comportamentos divergentes dos que tinha antes. Como tentar lavar-se, varrer o quarto ou procurar livros;

309 – The Children of the Whales – Vol. 3 – Abi Umeda – A história prossegue demonstrando desta vez conflitos internos. Percebe-se que o grupo de anciãos sabia da origem desta ilha e que tem uma perspectiva drástica sobre o seu destino. A narrativa prossegue, carregada de tensão. Até diria demasiada – sem grande pausa, de conflito em conflito.