Este filme francês, filmado em Portugal, parte do pressuposto de que a violênca não só tem origem genética, como é possível controlá-la. Esta é a hipótese do biólogo molecular, Thomas que pensa ter descoberto uma espécie de cura para a agressividade. Após testes bem sucedidos em lobos, resolve testar o tratamento em Humanos, e nada melhor que usar como cobaia, um perigoso e enclausurado Serial Killer, papel interpretado por Diogo Infante.
Cientificamente, o filme felizmente omite pormenores técnicos e mesmo a maioria dos teóricos, não havendo necessidade de cair em incorrecções em meia dúzias de frases de aspecto erudito, mas de conteúdo erróneo. Consegue fugir assim ao ridículo em que caem vários filmes que resolvem atolar-se em conceitos que não conseguem transmitir.
Diogo Infante como psicopata não convence o espectador, mas consegue ter uma prestação melhor que os seus colegas. Embora com o desenvolvimento da história tomemos percepção de relações diferentes entre as personagens, não faltam as partes expectáveis. Falta algum conteúdo à história, e há vários momentos vazios.
Em suma, o filme não me satisfez e não me captou o suficiente para o conseguir ver todo de seguida.
