Fitz cresceu como bastardo real na corte, possuindo dois importantes dons. Um deles, a capacidade de poder estabelecer uma forte ligação com alguns animais, leva à perseguição dos que o possuem por ciúme – os que o possuem são enforcados, esquartejados e queimados.
Alvo de semelhante perseguição, terá morrido numa missão e tornado à vida com a ajuda de Nighteyes, o lobo que o acompanha. Passa então a viver singelamente, caçando e vivendo da sua horta, cuidando de um bebé abandonado, Hap. Mas o tempo passa, e a solidão até aí abençoada, torna-se um impecilho na hora de procurar alguém que aceite o seu protegido como aprendiz. Nesta altura o inevitável acontece e o passado bate-lhe à porta.

O primeiro volume de uma trilogia, com uma premissa engraçada, poderia ter-se tornado algo muito mais interessante, não fora a história demorar várias, demasiadas páginas, até arrancar. A acção perde-se, com agonias, rancores, e arrependimentos do heroi, com explicações demasiado alongadas da história precendente que constitui uma outra trilogia.
Tais explicações poderiam ter sido dadas resumidamente, explicando o necessário. Mas não. Fala-se muito dos mesmos acontecimentos, mas repetitivamente, e o ritmo é constantemente quebrado pela personagem eternamente preocupada e traumatizada. Assim se perdem 300 páginas com nada de concreto.

Quando finalmente a história arranca, apetece apagar da mente a tortura da primeira parte, e nesta fase a história consegue tornar-se simpática e até envolvente – a personagem principal evolui e o ritmo toma conta da narrativa.

Deixando de lado a parte introdutória, a história está engraçadita – no entanto, nada de especial, nada de inesquecível.