Decididamente, Hemingway não é para mim.

O Velho e o Mar, tão badalado, foi o primeiro livro que li do autor.  Achei engraçado, mas ficou muito aquém das expectativas (talvez demasiado elevadas). Resolvi, no entanto, dar uma segunda oportunidade ao autor, após as inúmeras referências a Fiesta, por um amigo.

O Sol Nasce Sempre (ou Fiesta) centra-se num grupo de americanos, pertencentes à Geração Perdida – a geração que, depois da Primeira Guerra Mundial, tentar dar um rumo e um objectivo à vida. Jack, a personagem principal, será um dos que mais marcado ficou pela Guerra, com lesões nos órgãos genitais que o impedem de estabelecer um relacionamento amoroso com Brett (também designada como Lady Ashley).

Após vários momentos introdutórios, a história arranca com a organização, por Jack, de uma viagem a Pamplona – para assistirem à Fiesta e, mais propriamente, às corridas de touros. O grupo que se reúne no destino é, no mínimo, estranho. A Jack e Bill (companheiro de guerra de Jack), reúnem-se Cohn, Brett e o noivo, Michael.

Cohn, um judeu rico que teve um pequeno romance com Brett, sente-se excluído do grupo, e dissemina a má disposição com os seus comentários azedos, nos piores momentos possíveis. Michael tenta controlar-se, mas sob o efeito do álcool deixa-se levar pelos comentários de Cohn. Brett, por seu lado, permanece ao lado de Michael, mas cedo repara na bela figura do toureiro principal da Fiesta.

Ainda que o livro possua retratos peculiares do carácter humano, a história, no seu todo, não me fascinou. As personagens pareceram-me algo distantes num enredo previsível. No final, o que mais apreciei foram as raras caracterizações das cidades espanholas e dos costumes do seu povo.