Adaptado diversas vezes para cinema, a mais recordada para animação pela Walt Disney, a história em Alice no País das Maravilhas é demasiado conhecida para a estar aqui a resumir uma vez mais.
Se no filme animado tudo me irritava, desde a lagarta fumadora ao gato de sorriso estúpido, no livro a irritação concentrou-se única e exclusivamente em Alice – uma criança fútil, burra, preconceituosa e mimada, que dispara barbaridades a torto e a direito. Na realidade, nem acho possível que tal criança tivesse imaginação suficiente para construir o País das Maravilhas. Sim, estou a ser muito dura com a personagem principal – mas foi isso que senti durante a leitura desta história.
Todos os aspectos que no filme me tinham desagradado se tornaram, no livro, os pontos positivos da história. Dada a irritação crescente para com Alice, facilmente rejubilei com a lagarta ou com o gato, que disparavam charadas e diziam tudo sem dizer nada. Para além destas típicas personagens, ficaram-me na memórias as cenas caricatas de um lanche interminável, de uma duquesa que embala porcos entre pratos e panelas voadoras, ou de uma célebre Rainha de Copas que grita “Cortem-lhe a cabeça” a torto e a direito.
Concluindo, gostei do cenário demente inventado por Lewis Carroll, onde um bolo nos pode fazer aumentar de tamanho ou um cogumelo esticar o pescoço e tenho pena que este mundo não tenha sido explorado de outra forma. Aguardo agora a versão de Tim Burton do qual já se encontra disponível um trailler e algumas fotos.
Também li este livro à pouco tempo e tive a mesma sensação. Que a Alice é uma criança insuportável e bastante irritante.
Sinceramente não gostei do livro.