A história começa com a definição de perímetro por um grupo armado. Algo se terá introduzido na área explorada, e este grupo armado age rapidamente para descobrir a origem da intrusão. Ao invés de um outro ser humano encontram um animal de quatro patas, sem braços nem acessórios extra, deambulando numa região de poços de ácido.
Quando estão prestes a eliminar o animal, apercebem-se de que deverá ser um cão, um ser vivo não construído em laboratório e por isso tão frágil e desprovido de apetrechos orgânicos ou mecânicos. Sem chegarem a um consenso sobre o que fazer, comunicam à chefia incrédula a descoberta. Rapidamente um biólogo se desloca a bordo para recolher o material genético do cão, mas sem pretender recolher o animal.
Deixados com o animal, o grupo debata-se entre eliminá-lo e manté-lo, mas a que custo? Este ser vivo é frágil e desprovido das adaptações que lhe permitiriam sobreviver muito mais tempo num mundo carregado de químicos perigosos, aos quais a humanidade apenas se adaptou com a ajuda de simbiosos e poderosos implantes.
Esta história possui mais do que uma reviravolta, iniciando-se com um episódio militar, e prosseguindo para o dia-a-dia de um grupo que descobre o sentimento de companheirismo com a presença de um animal doméstico. Oscilando entre momentos ternurentos e outros de total desapego emocional, The People of Sand and Slag é um excelente conto de tom irónico que termina num momento simultaneamento cómico e brutal.
Nomeada para os prémios Nebula e Hugo, encontra-se disponível para audição em The Drabblecast , uma versão interessante, ainda que tenha uma introdução algo moralista.
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