113 – Relatório Minoritário – Philip K. Dick – Releitura deste conto na nova edição em português da Relógio d’Água. Um conto poderoso e irónico, que cruza ciência com poderes sobrenaturais (apesar da tentativa de explicação científica) e que joga com a capacidade de antecipar crimes e de condenar os que ainda não os praticaram;

114 – El Juego de La Luna – Enrique Bonet -Lindíssima história de uma jovem que se fascinou com a Lua – a sua atração é tal, que ignora os perigos de uma busca de um tesouro num bosque, fazendo com que o irmão mais nova morra afogado num poço. A história possui alguma excessiva simplicidade na caracterização de um vilão e de um herói, mas possui bons momentos, ainda que os clichés usados, nem sempre o sejam da melhor forma;

115 –Negalyod – Vincent Pierrot – Banda desenhada de visual futurista que nos leva a um mundo de elevada tecnologia, mas paisagens desérticas com escassez de água. Neste mundo existem dinossauros que são tratados como animais comuns, alguns criados como gado. As cidades de elevada tecnologia e grande controlo sobre a população contrastam com o deserto onde os seres humanos vivem de forma mais autêntica e em comunhão com a natureza. A banda desenhada traça alguns percursos que não são inovadores mas do ponto de vista visual consegue surpreender;

116 – A House with Good Bones – T. Kingfisher – O mais recente livro de T. Kingfisher não me pareceu tão limpo e tão direccionado quanto outras histórias. Por um lado pega em elementos pouco usuais na autora. Por outro, parece explorar vertentes na representatividade com as quais a autora não parece tão à vontade. E isso nota-se na escrita. O livro recorda-me bastante o primeiro que li da autora, The Hollow Places.