enigma
do Lat. aenigma < Gr. aínigma, palavra obscura
s. m., descrição metafórica ou ambígua de coisa, tornando-a difícil de ser adivinhada;
aquilo que dificilmente se compreende;
pessoa cujos actos, procedimento e sentimentos são incompreensíveis.
Mas aqui, enigma tem um outro significado – é a designação da máquina usada pelos alemães para codificar as suas mensagens. Estas são transmitidas abertamente, e permitem a coordenação dos submarinos e tropas alemães de uma forma muito fácil.
A demorada descodificação por parte dos ingleses, torna muitas vezes a solução inútil. No entanto, existe um grupo de matemáticos a trabalhar na decifração do código.
É neste cenário que nos aparece Tom Jericho, um génio matemático em criptografia. Após descobrir uma das mais importantes charadas, sofre um colapso nervoso que o leva a retirar-se. No entanto, reviravoltas imprevistas, levam ao seu retorno prematuro à base. Aí, depara-se, não só com um novo criptograma, mas com intrigas de guerra, e com a ex-namorada, Claire, causa da depressão. Estranhos acontecimentos circundam Claire, e Tom ve-se alvo de variadas suspeitas.
A história não se debruça sobre as trincheiras, e as visões mais escabrosas da guerra mas sobre as pessoas que travam a guerra com o cérebro. Tom é daqueles que teria sido um perigo com uma espingarda na mão – mas para si próprio. No entanto, como criptógrafo pode ter um papel mais decisivo na guerra do que um batalhão de soldados.
É um livro que se lê rapidamente, com algumas partes previsíveis, mas outras suficientemente diferentes para manter o leitor interessado. A acção diria qb – movimentado , mas não cansativo. Apesar de enquadrado na colecção de Romance Histórico, também se enquadra facilmente na secção de mistério / thriller, embora muito soft.
Esta é uma história que não se ficou apenas pelo livro – foi adaptada para cinema em 2001, dando origem a um filme com o mesmo nome.