Nascido no Brasil, e de ascendência portuguesa, Bartolomeu de Gusmão ou Bartolomeu Lourenço, emigrou para Portugal, onde estudou e se viria a dedicar à matemática e à física mecânica. Os conhecimentos que desenvolveu levam-no a construir várias invenções, de entre as quais um pequeno balão com a capacidade de se elevar do solo, no início do século XVIII. Constrói mais tarde a Passarola, que terá voado sobre Lisboa. As perseguições da Igreja terão levado Bartolomeu a fugir para Espanha, onde acaba por falecer.

Em Passarola Rising, é-nos contada uma história alternativa pelo irmão de Bartolomeu. Alvos das perseguições eclesiásticas fogem a bordo da Passarola para França, onde conhecem o Rei. Este, vendo as vantagens do invento voador, dá-lhes não só abrigo como importantes e perigosas missões, que os leva a percorrer terras inexploradas.

A meu ver, esta foi uma história que começou bem, pegando num episódio histórico interessante, mas que não foi bem aproveitada. Entre o fascínio da viagem aérea / descoberta e a solidão que se desenvolve, longe da civilização; há uma altura em que tudo parece rodar em torno da mesma rotina, e em que as mesmas questões são repisadas em monólogos circulares, pelo narrador da história. Sempre nostálgico e preso a bem definidos momentos do passado, a história parece entrar numa espiral, saindo de uma forma que não me convenceu de todo.

Ligeiro, um pouco engraçado… talvez, mas muito aquém de outras obras de história alternativa.