last policeman

O livro começa com um suicídio por estrangulamento, numa casa de banho do MacDonald’s. Recentemente promovido a detective, Palace desconfia que se poderá tratar de um homicídio encenado e decide-se a, contra todas as indicações superiores, investigar o caso. Começa por conhecer o local de trababalho do homem, um escritório de seguros, descobrindo ser uma personagem introvertida, com poucos amigos ou até conhecidos.

Mas a história não é uma simples investigação criminal – o fim do mundo tem data marcada pela colisão de um asteróide, e o colapse da economia é apenas um sinal pré-apocalíptico de uma sociedade que tenta manter a ordem, mas que vai cedendo lentamente ao caos dos suicídios, das drogas e das demandas religiosas.

Enquanto alguns abandonam os seus postos de trabalho para aproveitar os poucos meses que lhes restam, concretizando antecipadamente os planos de reforma, Palace mantém-se, ou não fosse a posição de detective o seu sonho. De entre todo o caos e desespero que o rodeia, Palace consegue manter-se focado na investigação.

História de premissa simples, centrada numa personagem também simples, é estranhamente viciante envolvendo-nos em poucas páginas no enredo que, até poderia ser banal, mas que cruzando todas as circunstâncias, se torna interessante sem atingir o patamar do excelente. Em suma, uma boa leitura para descontrair que tem, como pontos fortes, os momentos cómicos da investigação, e uma personagem principal com quem é fácil simpatizar.