A aquisição e leitura desta série foi provocada pela inauguração de pranchas originais na Leituria, onde esteve presente Carlos Pedro, que haveria de integrar a equipa responsável por esta série, em volumes mais avançados. A curiosidade levou-me a encomendar e a ler o primeiro volume, percebendo que esta série é uma Spin-off da Elephantmen.
Apesar dos princípios científicos duvidosos (que poderiam ter sido menos detalhados para evitar esta incredibilidade do leitor) o visual futurista com seres criados laboratorialmente onde se cruzaram humanos com animais e as pequenas tiradas de humor negro foram os elementos suficiente para achar a história engraçada ainda que tenha algumas falhas no argumento.
Estes seres inteligentes, de grandes proporções, criados com intuitos bélicos, acabarão por ser integrados na sociedade humana. Escusado será dizer que algumas das infra-estruturas não estão preparadas para a dimensão destes seres, percepção que irá ajudar a criar algumas das tiradas cómicas que vamos encontrando.
Aquando da morte de um casal associado a uma empresa de biotecnologia, é activado o serviço de dois detectives privados, um humano e um homem-elefante. O humano é assombrado pela presença da ex-namorada, que terá morto numa cena de ciúmes, que se apresenta sempre em vestidos diminutos e provocantes – facto que a própria destaca acusando a imaginação masculina.
Lutas com robots e dinossauros – o elevado tamanho destes animais transformados permite a criação das mais variadas cenas de luta onde, às tantas, nem as próprias personagens percebem se estão a enfrentar seres imaginários ou existentes. Principalmente quando até ao homem-elefante aparece a ex-namorada morta do seu companheiro humano.
Apesar do aspecto gráfico bombástico, a introdução de tantos elementos extremos torna a história surreal. Por outro lado, quando o enredo se revela, pouco deixou por adivinhar, seguindo de forma directa todas as pistas apresentadas ao longo da investigação.
Explorando levemente o tema do preconceito (neste caso contra estes seres criados por manipulação genética) e do trauma bélico, consegue ser uma leitura engraçada pelas tiradas cómicas e pelos cenários de cores brilhantes onde nos apresentam lutas impossíveis que respondem a quase todos os clichés do género. Sendo uma história agradável, cumpre o papel de abstrair o leitor e provavelmente lerei mais alguns desta série.



