Mais conhecido por As Cruzadas vistas pelos árabes, Amin Maalouf tem obras mais ficcionais como Samarcanda ou O Périplo de Baldassare, dois excelentes livros de ficção histórica. Deste livro, Os Jardins da Luz existia uma edição antiga da Difel que há algum tempo não se encontra. Deixo-vos a sinopse:
Durante muitos anos, o seu grito foi ouvido. No Egito, chamavam-lhe o Apóstolo de Jesus; na China, cognominavam-no o Buda de Luz; a sua esperança florescia à beira dos três oceanos. Porém, rapidamente surgiu o ódio, surgiu o encarniçamento.
Os príncipes deste mundo amaldiçoaram-nos; tornou-se para eles o «demónio mentiroso», o «recipiente repleto de mal» e, no seu humor cáustico, o «maníaco»; a voz dele, «um pérfido encantamento»; a sua mensagem, «a ignóbil superstição», «a pestilencial heresia».
Depois, as fogueiras cumpriram a sua missão, consumindo num mesmo fogo tenebroso os seus escritos, os mais perfeitos dos seus discípulos, e essas mulheres altivas que se recusavam a cuspir sobre o seu nome.
Só li o ‘Périplo’ e não achei grande coisa.
Tenho alguma curiosidade pelo ‘Cruzadas vistas..’, mas a quantidade de livros que tenho para ler….
Pode ter sido da altura em que o li, mas até gostei do Périplo. O Cruzadas é bastante diferente – é muito menos ficcional e apresenta uma perspectiva diferente dos acontecimentos. Tem algumas passagens maçudas, mas no total é interessante.