A Gradiva é outra das editoras que mais recentemente se lançou na publicação de Manga em Portugal, através da marca Manga Internacional Corporation. Entre outros volumes, encontramos este primeiro de uma série de horror, onde nos deparamos aparentemente com zombies.

A história

Uma jovem acorda sem perceber onde está ou como lá foi parar. Percebe rapidamente, com a ajuda de um soldado ferido, que terá sido curada da doença zombie. Ainda que tenha uma aparência humana, mantém uma força extraordinária, que irá usar para enfrentar zombies ao longo do seu caminho.

Crítica

Crueler than Dead leva-nos para mais um apocalipse zombie, introduzindo o elemento da cura ao enredo tradicional. Neste caso, a cura não repõe totalmente a normalidade, mantendo a força como característica distintiva dos curados. Mas esta cura ainda não estará disponível a toda a humanidade, pelo que deve ser transportada a um local onde possa ser mais útil. Esta é a missão da rapariga que se vai fazer acompanhar por um rapaz, também ele curado.

Apesar do elemento inovador, a narrativa de Crueler than Dead segue o tradicional encontro com zombies e humanos pouco civilizados, demonstrando que, sem a civilização, os monstros mais surpreendentes podem ser os humanos. A narrativa consegue, ainda assim, apresentar alguma redenção.

A premissa permite, conforme esperado, apresentar vários momentos de acção e de terror, mostrando criaturas horrendas e as batalhas para as eliminar. Nesse sentido, Crueler than dead não surpreende e enquadra-se dentro do que é esperado para este género de leitura – o que não é mau, mas também não se destaca de entre outras leituras semelhantes.

Acompanhando os desenhos, encontramos um texto conciso, limitado ao essencial, o que permite uma progressão rápida entre páginas, apropriada para uma leitura carregada de episódios de acção. O desenho é, também ele, relativamente simples, muito focado em expressões faciais, sejam de humanos chocados, sejam de zombies mal encarados.

Conclusão

Não achei que este primeiro volume de Crueler than Dead fosse uma leitura formidável. Trata-se de uma história que apresenta um apocalipse zombie, introduzindo o tal elemento inovador, o que proporciona uma missão e direcção às personagens principais. Para além deste elemento direccionador, a narrativa não apresenta grande novidade em relação a outras leituras do género. Veremos se a impressão se mantém para o segundo volume.

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