Apesar da longa lista de fantasia arturiana disponível, Sarah Zettel escreveu um livro, que se distingue de muitos, por não se centrar nas personagens típicas – Arthur, Guinevere, Merlim…
A história centra-se em Rhian, filha de um nobre menor, que ve as suas perspectivas de casamento serem adiadas pela negação de todos os pretendentes, sem que para tal hajam razões aparentes.
Sem aguentar o desespero da filha, Jocosa recorre a métodos ardilosos se revele os motivos por detrás das sucessivas recusas… O rei, pai de Rhian, teria trocado a vida de Jocosa pela de sua filha Rhian, promotendo-a a um feiticeiro. Após o descortinar de tal realidade, Rhian foge para se esconder num convento, mas é atacada pelo bruxo. No entanto, um cavaleiro corre em seu auxílio – o mítico e sedutor Gawain….
A lenda é recontada – uma história de amor com encontros e desencontros, com alguns dos fascinantes pormenores típicos das lendas celtas – um amor entre duas pessoas fortes e honradas que terão de se sujeitar a variadíssimas provas para poderem assumir o seu amor.
O ritmo da história não é muito constante, alterando entre trechos estagnados e movimentados.
Com o desenrolar da trama, a história, que é escrita inicialmente como um romance, vai ganhando os contornos de uma lenda… mas essa passagem é mais perceptível nas últimas páginas em que o tom faz lembrar o dos contos e a acção é condensada… culminando num final que parece ter sido despachado.
Mais um livro de fantasia arturiana, que apesar de se ler muito bem, não é nada de especial.