The Last Unicorn, publicado em Portugal como O Último Unicórnio, pelas Edições Século XXI, centra-se num unicórnio fêmea, bela e altiva, que concede à floresta onde vive algumas características mágicas: as folhas não caem, a neve nunca se vê e os animais parecem mais difíceis de caçar.

Um dia, ao ouvir uma conversa entre caçadores, descobre que poderá ser o último elemento da sua espécie. Tal afirmação perturba o ser imortal, até ao momento impassível a quem nada parece interessar. De espírito alterado, o unicórnio decide procurar pelos restantes membros da sua espécie, deixando assim a floresta onde vive.

Após alguns dias de viagem, é aprisionada e exibida num circo, onde conhece Schmendrick, um mágico trapalhão e sem talentos que a solta, e que com ela insiste em seguir viagem.

Durante as buscas descobrem que uma figura sobrenatural, o Touro Vermelho, talvez pertencente ao Rei Haggard poderá estar na cauda do desaparecimento dos unicórnios.

O Último Unicórnio poderá ser comparado a um conto de fadas, mas nem sempre possui a inocência deste. O unicórnio fêmea, ser imortal, irá perder alguma da sua insensibilidade ao mundo que o rodeia, o mágico trapalhão e cómico desenvolve-se em algo mais e os bandidos de estrada cantam na esperança de se parecerem aos guerreiros de Robin Hood que roubava aos ricos para dar aos pobres.

Apesar das figuras típicas de uma fábula, o desenrolar foge um pouco aos padrões, de um forma inteligente e por vezes satírica, que poderá não ser do gosto de todos. Mesmo assim não será do melhor que tenho lido, tendo personagens extremamente interessantes, mas também episódios que poderiam ter sido melhor explorados.

Em continuação ao livro terão sido publicadas duas histórias: Two Hearts (2005 Fantasy and Science Fiction Magazine) e The Line Between (2006); e espera-se o lançamento de uma série de novos contos em dois volumes ainda este ano.

O livro The Last Unicorn foi já adaptado para filme animado, com o mesmo nome.