65 – Eon – Greg Bear – durante a guerra fria um enorme asteróide aproxima-se da Terra, revelando-se oco e alterado por seres humanos para servir de meio de transporte. No interior não se encontram humanos, mas toda uma cultura de um futuro paralelo. Com passagens bastante promissoras, explora algumas teorias interessantes do ramo da física, mas ao se centrar em demasia na guerra fria e ao alongar-se demasiado, perde algum potencial.
66 – As Fogueiras de Deus – Patricia Anthony – sem dúvida um dos livros mais dementes e melancólicos que li nos últimos tempos: um rei doido, visões de Nossa Senhora e anjos de grandes vergas, numa vila visitada por uma nave espacial, onde se instala a Inquisição.
67 – The Chrysalids – John Wyndham – num mundo devastado os sobreviventes constroem uma sociedade obcecada pela pureza das formas, qualquer forma animal ou vegetal que mostre sinais de mutação é aniquilado, e os seres humanos com deformações são expostos ou esterilizados e abandonados. É neste mundo que um rapaz com capacidades telepáticas cresce, apercebendo-se que poderá ser considerado uma aberração. Uma história excelente e envolvente, que consegue surpreender várias vezes.
68 – Homenzinhos Livres – Terry Pratchett – História juvenil, decorre no mundo criado por Terry Pratchett, Discworld. Sem ser nenhuma obra prima, é uma leitura rápida, leve e divertida que, apesar de direccionada para os mais jovens, também entretém os adultos, mas sem cair nos absurdo exagerado que podemos encontrar noutros livros da mesma série.

69 – Flatland: Uma aventura em muitas dimensões – Edwin A. Abbott – Este livro retrata as aventuras de um quadrado pelo mundo das duas dimensões, onde as mulheres são linhas, agulhas que, não tendo cuidado se podem espetar, e os homens são polígonos, sendo o número de lados que determina a inteligência e o estatuto social. Depois de sonhar com um mundo de uma dimensão, é transportado para o mundo das três. Este é um exercício interessante de ideias e teorias que se torna divertido e interessante, ainda que não seja envolvente.
70 – The Crying of Lot 49 – Thomas Pynchon – Tendo como fio condutor o desenrolar de uma teoria da conspiração envolvendo um serviço de correios e a Segunda Guerra Mundial, foi com alguma expectativa que peguei no meu primeiro livro de Thomas Phynchon. E desiludiu-me. A personagem principal não me cativou, a sucessão de acontecimentos quase pareceu forçado. No final, I could not care less.
71 – A Torre dos Anjos – Philip Pullman – Segundo volume de uma trilogia, A Torre dos Anjos centra-se menos na personagem principal, Lyra, e apresenta-nos um outro rapaz que também terá um papel importante na história, um rapaz proveniente de um mundo semelhante ao nosso, que em busca de um refúgio encontra uma janela para um mundo de espectros que se alimentam das almas dos adultos. Mais engraçado que o segundo volume, contém uma série de acontecimentos que são preparatórios para o final da história, com algumas revelações interessantes.
72 – Marvel 1602 Spider-man – No seguimento de 1602 de Neil Gaiman, foram publicados dois volumes, 1602 Fantastic Four e 1602 Spider-man. Em 1602 conhecemos uma realidade alternativa, onde a primeira colónia na América terá sobrevivido e a viagem ao passado de um herói da Marvel terá originado o aparecimento dos restantes heróis, como o Homem Aranha ou os Fantastic Four, considerados como abominações a destruir pela Inquisição. Em 1602 Spiderman acompanhamos o Homem Aranha neste Universo. É uma história engraçada, mas que pouco traz de novo às ocorrências de 1602 e 1602 Fantastic Four.
73 – Fome – Elise Blackwell – Relato impressionante dos habitantes de Leninegrado durante um extenso cerco pelo exército alemão. Sem poderem abastecer a cidade, os alimentos começam a escassear e a vida dos habitantes sofre rudes alterações. Um livro forte mas realista, onde não se escondem as cobardias dos protagonistas.
74 – The System of Vienna – Gert Jonke – Decorrendo na cidade de Viena, Gert Jonke apresenta-nos vários episódios surreais, não tanto pelos factos, mas pela forma como as pessoas reagem: na sua maioria de forma autista e egoísta, apresentando mentes fechadas.
75 – O Telescópio de Âmbar – Philip Pullman – Este é último volume da trilogia, a finalização da história, onde as personagens que acompanhamos se vão tornando mais adultas e responsáveis. Tal como no volume anterior, as buscas onde se lançam as personagens apresentam-nos diferentes mundos, todos diferentes, mas relacionados entre si, com diferentes espécies sapientes.
