
Confesso que tenho algum preconceito para com histórias escritas e desenhadas por vários autores. Nem sempre funcionam bem em coerência e execução. Mas neste caso, a premissa adapta-se totalmente à alteração de estilos e de tom.
A história segue um relógio ao longo de vários donos no Oeste. Se, por vezes, a mudança se faz por herança, noutros, os mais comuns, assistimos a roubos, assassinatos, traições e guerras. Cada passagem é retratada por uma combinação diferente de autor / desenhador, ajudando na mudança de foco, e na sequência da história.



Entre cada história encontramos uma página de separação, com um título desenhado e estilo constante, bem como uma pequena tirada final que suaviza a passagem para as próximas personagens. Para além destes elementos comuns, existem, sempre que tal é pertinente, referência a alguma das histórias anteriores.
A qualidade média dos desenhos é muito boa. Algumas histórias são mais duras, outras são mais empáticas e sentimentais, mas não me recordo de não gostar de nenhuma concreta. A combinação dos diferentes estilos funciona surpreendentemente bem e fez com que esta se tornasse uma das leituras favoritas deste semestre.


