185 – My favourite thing is monsters – Vol. 1 – Emil Ferris – Esta é uma das melhores leituras dos últimos meses, apesar de parecer, nas primeiras páginas, algo disconexa e estranha. A história centra-se numa jovem rapariga que é, no mínimo, estranha. Focada em monstros, em criar monstros e em pensar em ser um monstro, é filha de mãe solteira, tendo um irmão mais velho em igual situação. Quando a vizinha de cima é assassinada, a jovem resolve investigar, sendo a narrativa um cruzamento entre a sobrevivência da vizinha à prostituição e aos campos nazi, e várias descobertas sobre si própria e a família;
186 – Warburg & Beach – Jorge Carrion & Javier Olivares – Conhecido por outras obras, como Livrarias ou El Museo, este volume (de formato peculiar, que abre como um fole) pode ser lido de duas formas, contendo cada face uma história – a do historiador alemão Aby Warburg ou da livreira americana Sylvia Beach. Apesar de ser interessante visualmente e em conceito, o resultado é mais biográfico do que deveria para poder uma leitura envolvente;
187 – Yuanyuan’s Bubbles – Cixin Liu, Valérie Mangin, Steven Dupré, Cyril Saint Blancat – Esta história de Cixin Liu leva-nos a um futuro pouco distante, em que a seca está a acabar com uma das cidades. Nesta cidade vive um casal com o sonho de inverter a situação, sendo que a mulher pretende semear várias árvores usando um avião. Já a criança, a filha do casal, cresce obcecada com bolhas de sabão, usando os conhecimentos avançados em física para criar bolhas cada vez maiores e mais resistentes. As duas componentes hão-de complementar-se, de uma forma que, me pareceu previsível – algo que não costuma acontecer com as histórias deste autor;
188 – Sea of Dreams – Cixin Liu, Rodolfo Santullo e JOK – Ainda que algumas histórias de primeiro contacto sejam bastante romantizadas, mostrando troca de tecnologia e paz, na verdade, não sabemos que uma espécie alienígena nos reconheceria como inteligentes, ou se teria outras intenções na nossa espécie. Neste caso, uma figura alienígena proveniente dos confins do Universo pretende fazer arte com toda a água da Terra, comunicando apenas com um humano que vê como colega artista.