De premissa simples, esta é daquelas bandas desenhadas que vale mais pelo visual do que pela narrativa, centrando-se num jovem que, de repente, se vê num mundo fantástico onde terá um papel fundamental no afastamento e derrota de vilões. Órfão de pai, o rapaz é diabético e escapa comummente do convívio com os da sua idade para desenhar.
Um dia, não escapa somente para desenhar, mas começa a ter fortes alucinações provocadas por uma oscilação glicémica que o levam a experimentar uma aventura no reino fantástico. Enquanto a mente deambula o corpo passa por uma situação grave de possibilidade mortal.
A premissa de um jovem que se vê num reino fantástico, em que as leis do mundo real não se aplicam, é uma das mais comuns nas histórias do género. Ainda assim existem vários autores que conseguem pegar neste princípio comum e entregar uma boa aventura, seja por construirem personagens interessantes ou reviravoltas inesperadas. Não encontrei elementos distintivos em Joe The Barbarian que permitissem dizer que é uma boa leitura do ponto de vista narrativo. No máximo é legível.
O grande destaque desta banda desenhada será, sobretudo, a nível visual – elementos fantásticos, paisagens com toques medievais de cores fortes e dislumbrantes, de grande luminosidade. O autor aproveita a diversidade de cenários e de ambientes psicológicos para variar as composições, resultando em páginas fascinantes.