
Depois de ter lido, recentemente, O Homem que Matou Lucky Luke (um álbum de comemoração e homenagem ao clássico herói) resolvi voltar a pegar em Lucky Luke. Neste caso trata-se de um álbum que nunca tinha lido, mas que tem todos os elementos típicos: Lucky Luke a tentar apanhar os irmãos Dalton, acompanhado pelo Rantanplan, o cão mais idiota de todos os tempos.

Para além dos irmãos Dalton, seguimos sobretudo a Mã Dalton – a chefe de família que se apresenta uma velhota simpática mas matreira e que faz compras na cidade de arma na mão. Os habitantes da cidade entram no jogo da velhota como forma de manter a dignidade da Mã Dalton e até Lucky Luke a ajuda com as compras.

A rotina curiosa é alterada quando os irmãos Dalton escapam da prisão e se refugiam em casa da mãe. O seu relacionamento com os filhos é peculiar, revelando-se uma mãe simultaneamente protectora e autoritária que distribui imensos castigos. Os filhos, por sua vez, procuram a eterna aprovação da mãe, mas esta terá o seu favorito, Averell, que, por ser o mais idiota, é também o mais protegido.

A rivalidade entre os irmãos e o desejo de conseguir a aprovação da mãe leva-os a tecer um incrível plano. Fugidos da prisão, resolvem mascarar-se com as roupas da mãe e aproveitar as idas à cidade para iniciarem um circuito de assaltos a bancos. A acompanhá-los estará Rantanplam, o cão que prenderam a um deles e que terá um comportamento estranho durante todo o livro, provocado pela Mã Dalton.

Este volume apresenta uma história leve e engraçada, com todos os elementos típicos das histórias de Lucky Luke. A presença da Mã Dalton leva-nos a perceber alguns detalhes sobre os irmãos (provenientes de uma família de criminosos), bem como a sua interacção com o irmão mais alto.