Neste novo lançamento da Bertrand Editora, os homens são atingidos por um misterioso vírus. Esta é uma premissa que não é novo e que já vimos numa famosa banda desenhada, razão pela qual estou curiosa em saber como esta narrativa se distingue:

Apenas os homens são atingidos pelo vírus. Apenas as mulheres nos poderão salvar.
O ano é o de 2025, e um misterioso vírus irrompeu na Escócia – uma doença letal que afeta apenas os homens. Amanda MacLean é a primeira a alertar para a emergência do fenómeno, a sua voz, porém, é ignorada e reduzida a histerismo. Quando o apelo é finalmente levado a sério, é já demasiado tarde. O vírus torna-se global – e também uma pandemia política. Todas as vítimas são homens. O mundo transforma-se. O mundo da mulher.
O que se segue é o relato imersivo das mulheres a quem cabe lidar com as consequências do vírus e que nos é revelado através de uma narrativa na primeira pessoa. Além da doutora MacLean, Catherine, uma socióloga determinada a documentar os factos por trás da «peste masculina»; Dawn, analista de informação cuja tarefa é auxiliar o governo na formação de um novo modelo de sociedade; e Elizabeth, uma das muitas investigadoras que trabalham  desesperada-mente no desenvolvimento de uma vacina eficaz.

Através da voz destas mulheres, e de outras mais, deparamos com um sem-número de mudanças que a ausência de homens provocou nas sociedades como as conhecemos, desde o universo pessoal – a perda de um companheiro ou de um filho – ao universo socioglobal – as alterações laborais, a fertilidade ou o novo conceito de família.