Eis uma nova série de Mangá no mercado português, lançada pela Asa. Pelo título e pelo aspecto, parece ser mais uma série de batalhas sucessivas, com monstros diversos. O formato destaque por apresentar páginas com cor (tal como Solo Leveling), páginas ligeiramente brilhantes (que funcionam melhor do que as de Solo Leveling para a impressão a cores) e uma direcção de leitura da esquerda para a direita.

Para além destes detalhes diferenciadores, parece apresentar uma lógica semelhante a outras série do género com batalhas sucessivas. Distingue-se desta premissa por não surgirem monstros na terra, nem existirem seres humanos com poderes especiais. A personagem principal, Gabriel, também não é um rapaz moralmente impecável, mas um psicopata controlado por uma promessa à mãe de que iria dirigir as suas intenções assassinas para se defender ou para atacar apenas os que o merecem.

Bem, tanto Gabriel como os seus colegas são raptados para um planeta distante no meio do Universo onde são obrigados a enfrentar alienígenas para sobreviver. Neste contexto, Gabriel pode, finalmente, revelar as suas pulsões mais sombrias e, uma vez na arena, destaca-se dos restantes pela brutalidade e capacidade de reagir ao perigo.

A ideia é simples e eficaz, sendo que a primeira batalha arranca rapidamente após uma breve introdução da origem de Gabriel e das interacções com os seus colegas. Não existe grande tentativa de criação de empatia (até porque sendo a personagem principal, um psicopata, tal feito poderia não ser exequível – com excepção de Dexter, claro) com Gabriel ou outras personagens.

Em termos visuais, o desenho é engraçado sem ser excepcional, esmerando-se em páginas específicas quando há um foco nalguns monstros. As cenas de batalha sucedem-se rapidamente e com competência, não apresentando, pelo menos por enquanto, elementos mais mirabolantes. É provável que experimente a leitura do segundo volume mas, até agora, não fiquei surpreendida.