129 – A Vida Secreta dos Escritores – Guillaume Musso e Miles Hyman – Adaptação de um romance, este volume surpreendeu-me pela positiva. Começa por nos apresentar dois escritores. Ou melhor, um aspirante a escritor que se afasta da corrente de que o que interessa na escrita é a forma, e um escritor que se afastou da escrita depois de três sucessos literários. Entre referências a várias obras e escritores, a narrativa torna-se num mistério criminal, onde cada linha narrativa apresenta a sua própria lógica e os seus próprios segredos. É uma leitura dinâmica e cativante, que, claro, começou por captar interesse pelas referências literárias, mas progrediu para uma narrativa fluída, intrigante e misteriosa;

130 – Utopia – Raquel Varela e Robson Vilalba – Focando-se numa personagem fictícia, a narrativa leva-nos aos anos antes de Abril, mostrando-nos as condições miseráveis da classe trabalhadora, sem condições de subsistência, em frágil situação económica. A narrativa progride colocando a personagem como militar e levando-nos a ver como foi percepcionado o 25 de Abril e os conturbados anos que se sucederam. Não achei uma leitura excepcional, mas é interessante pelo exercício narrativo, aproveitando para apresentar a perspectiva de uma personagem, ao invés de discorrer sobre factos;

131 – West – Vol. 2 – Rossi, Dorison e Nury – Se até tinha achado alguma piada ao primeiro volume, este segundo é uma mistura de vários elementos, alguns deles entre o histórico e o sobrenatural, com referências a personagens como Crowley. O resultado final não me interessou por aí além, e a mistura de elementos alienou-me um pouco;

132 – Carlota – Vol. 1 – Nury e Bonhomme – A história centra-se, como o nome indica, em Carlota. Trata-se de uma princesa Belga que se tornou a primeira mulher governante na história do México. A narrativa apresenta a princesa na sua infância, passando rapidamente para a forma como acabaria por casar com o Imperador Maximiliano, um homem que fica aquém das expectativas da família e da esposa. Entre a pressão da Igreja e dos exércitos, e a ausência do marido, Carlota vê-se à frente de um país em elevação revolucionária.