Grão-duque é uma das séries lançadas pela Asa em parceria com o jornal Público. Neste caso trata-se de uma mini série de três volumes que nos leva à Segunda Guerra Mundial, focando-se nos pilotos, nas suas concretizações e no seu papel na Guerra.



A história alterna entre os pilotos dos dois lados do conflito – de um lado temos os pilotos alemães da Luftwaffe e, do outro, As Feiticeiras da Noite, um regime russo feminino de caças nocturnos que se destaca pelos seus feitos e bravura.
A série apresenta rápidos e tórridos romances (com o retrato de alguns nus), bem como cenas de fabulosas batalhas áreas, que se traduzem em páginas de imagens esplendorosas. Em paralelo, vamos seguindo algumas personagens principais, principalmente um piloto alemão que se recusa a usar o símbolo nazi, e uma feiticeira da noite que é uma mulher autónoma e destemida.



A narrativa saltita entre as diferentes perspectivas, apresentando o suficiente para termos uma ligeira ideia da sua personalidade, mas sem nos envolver de forma a nos importarmos com o que lhes acontece. Existem, por vezes, alguns (poucos) episódios mais pessoais, mas não são o suficiente para que as personagens se tornem cativantes.
Se a parte da história é mais fraca, é nas imagens que a série se torna interessante. Para além das paisagens ocasionais, o grande destaque está nas imagens das batalhas aéreas, que proporcionam belíssimas páginas, estando nesta parte visual o valor desta série.



Grão-duque é uma série curta, composta por três volumes de cerca de quarenta páginas cada um. Não será, se calhar o suficiente para desenvolver personagens com eficiência, ainda que o tente de forma saltitante. A alternância entre as duas perspectivas permite apresentar vários tipos de aviões e de factores, o que resulta em fabulosas páginas bélicas.