249 – Muitos anos a virar páginas – Hugo Pinto – Normalmente entrevistam-se autores e desenhadores. Desta vez entrevistam-se alguns dos mais relevantes editores de banda desenhada no mercado português, resultando em histórias interessantes de como algumas editoras foram criadas e de como foram evoluindo;
250 – Ceifador – Neal Shusterman – O primeiro volume desta trilogia leva-nos a um futuro onde a humanidade conseguiu vencer a mortalidade e o envelhecimento. Significa que a vida pode ser longa para todos e dado que se pode produzir comida facilmente, todos possuem um rendimento base, e podem realizar a profissão que quiserem. Mas, claro, existe uma excepção. De forma a ir balanceando a natalidade, existem os ceifadores, seres humanos que escolhem outros humanos para matar definitivamente, dentro de uma quota. A narrativa centra-se em dois jovens que são escolhidos para ser aprendizes de ceifadores, numa época em que a profissão está em crise – existe um grupo de ceifadores que não respeita as tradições, usando o seu “poder” de forma abusiva;
251 – Tempestade – Neal Shusterman – O segundo volume (o cliffhanger do primeiro era tão potente que prossegui directamente) volta a centrar-se nos dois jovens, agora em situações bastante diferentes (que não detalho para não vos estragar a possível leitura), mas também apresenta a perspectiva da IA que controla todo aquele futuro, com excepção dos ceifadores. Esta IA que inicialmente se apresenta bastante neutra, com os acontecimentos em torno dos ceifadores, começa a apresentar sinais de endeusamento, julgando-se acima de tudo e de todos – será que se vai transformar em mais uma entidade assassina na ficção? Esta é a grande dúvida com que fiquei para o terceiro volume que, na prática, até pode seguir um rumo totalmente diferente;
252 – Los Hijos del capitan Grant – Alexis Nesme – Este volume adapta a narrativa de Júlio Verne para banda desenhada, apresentando personagens com aparência de animais. A narrativa leva a expedição a vários continentes diferentes, em busca de um homem cujo barco terá naufragado. A premissa permite ser uma história movimentada, carregada de acção e aventura, mas também com vários elementos excêntricos, originários das várias localizações por onde passam. A edição é belíssima, e o conteúdo do ponto de vista visual, é também bastante bom. A narrativa está, em média bem adaptada, pelo que não sendo uma leitura excepcional, enquadra-se no resultado global de boa.