Como já referi aqui algumas vezes, tenho bastante interesse em histórias Arturianas, tendo, a dada altura, pegado tudo o que encontrei no mercado português e, até, adquirido alguns em idioma inglês. Cheguei, claro ao ponto de saturação onde achei que já tudo tinha sido feito. Mais recentemente peguei nalgumas narrativas com referências arturianas e fiquei surpreendida com algumas abordagens – Furiosa e Once & Future são duas delas. Apesar das expectativas, este El Caballero del Dragón não fica para a história.



Segundo a sinopse, a história aqui presente é a adaptação para banda desenhada de um manuscrito do século XIII que continha uma história desconhecida do ciclo arturiano, descoberta por Emanuele Arioli. A história deste volume centra-se no cavaleiro Sivar que procura o Santo Graal com Didán e Golián e inicia-se numa pequena ilha onde Sivar foi educado, sem mãe. Demasiado arrogante para perceber que tem mais na sua vida do que admite, acaba por perder tudo numa troca com uma bruxa.
A partir daqui segue o seu destino, deslocando-se a Camelot para conhecer o Rei Artur. Mas claro que as suas origens não facilitam este encontro, acabando por derrotar vários cavaleiros da Távola Redonda, e esfumando-se após esse feito. Sivar há-de aliar-se a uma jovem e inocente Nimue e à aventura juntam-se os dois pajens que lhe terão facilitado a entrada no torneio.



Visualmente, este volume tem bons momentos, mas em termos narrativos tem altos e baixos. A história apresenta personagens demasiado estereotipadas, ainda que o desenvolvimento seja menos extremado. Existem alguns momentos engraçados, mas na sua globalidade é uma história demasiado linear, com personagens que não são nem os heróis fabulosos da Távola redonda (apesar da sua simplicidade e representação estereotipada) nem interessantes em complexidade.
