125 – A Corneta Cósmica – Leonora Carrington – A história começa com uma paródia à condição de velhota, mostrando duas que, apesar da idade, possuem uma imaginação inquietante. A personagem principal vive com o filho, num quarto, e ouve bastante mal. Até uma amiga lhe dar uma corneta que, colocada no ouvido, amplifica o que ouve. Mas já vai tarde, escutando as conversas dos familiares que pretendem colocá-la num lar. O local que encontram dentro das possibilidades económicas é uma espécie de seita religiosa, carregada de episódios mirabolantes, alguns fantasiosos, outros inspirados em conspirações, outros com elementos fantásticos. É um livro peculiar, de ritmo incerto, que consegue ir para além das expectativas iniciais, com a sucessão de loucuras, algumas hereges;

126 / 127 – Magus of the Library – Vol. 6 e 7 Mitsu Izumi – A narrativa expande o conceito para novas perspectivas, dando mais foco nas componentes políticas, não só mostrando como a religião e as culturas se antagonizam e criam preconceitos, mas também mostrando como algumas facções se movem para obter uma nova ruptura social. O sétimo volume foca-se bastante menos em Theo, falando também de censura e do papel da Biblioteca na autorização de volumes, definindo os limites para a sua acção (ou ausência de acção);

128 – Alack Sinner – Munoz & Sampayo – A história centra-se num detective hard-boiled, começando por nos mostrar como eram os seus dias de polícia – especialmente duros por não se deixar corromper. Como detective não é muito melhor, principalmente quando se cruza com os ex-colegas. Mas Alack Sinner, apesar de durão, vai simpatizando com a causa de alguns, o que também não lhe facilita a vida. Não costumo realçar edições, mas confesso que fiquei algo decepcionada pelo diminuto tamanho da página, que dificulta a leitura e lhe retira visão sobre os desenhos.