Esta leva é pouco forte em BD (a próxima será reforçada, sem dúvida), mas recupera algumas das leituras “obrigatórias” de ficção científica e fantasia mais recentes.
Começa-se com um livro de autoria portuguesa, Coisas Ruins, de João Zamith, que promete horror com tradição portuguesa e mística religiosa. Claro que o título me recorda o filme Coisa Ruim. Também de autoria portuguesa, chega um livro sobre livros. Ou mais propriamente sobre a edição de livros, pela perspectiva de um editor, Manuel Alberto Valente. Olhando para o interior do livro, é composto por textos curtos. Deverei pegar neste pelas férias.

Emily Tesh tem sido uma autora sobejamente referida no cenário internacional, e as suas obras têm vencido alguns prémios no género e garantido várias nomeações. O seu mais recente livro está a criar elevada expectativa na comunidade, mas pretendo começar com este Silver in the Wood, que venceu o World Fantasy Award for melhor novela.

Recentemente li um livro de Premee Mohamed, The Butcher of the forest e gostei tanto que resolvi encomendar mais da autora. Se Emily Tesh tem alguns prémios e nomeações na sua lista, Premee Mohamed ocupa quase uma página inteira. Este No one will come back for us é uma colectânea de várias histórias que venceu o prémio Ignyte, e foi nomeado para o World Fantasy Award, o British Fantasy Award, o BSFA e o Locus.
Também bastante premiado (até porque é um autor bastante prolífero), Adrian Tchaikovsky lançou recentemente o livro Service Model que venceu o prémio Arthur C. Clarke e já está nomeado para os prémios Hugo e Locus. Independentemente dos prémios e nomeações, a premissa é bastante curiosa, centrando-se num robot que, de alguma forma, causa a morte do seu dono, perdendo o propósito para existir.

Dentro desta linha genérica, li o primeiro volume de Murderbot lançado pela Relógio d’água, Sistemas em Estado crítico de Martha Wells. Entretanto, os livros estão a ser adaptados para série televisiva e enquanto espero pela saída de um número razoável de episódios, resolvi adquirir e ler o segundo volume. A ideia por detrás da série é curiosa, trazendo-nos um andróide (parte humano e parte robot) que, de alguma forma, se liberta da sua programação. O que poderia ser perigoso revela-se curioso, até porque o andróide usa essa libertação para salvar os humanos que fazem parte da expedição em que se encontra. Já durante os tempos livres, gosta de assistir a novelas dramáticas.

Floating Hotel, de Grace Curtis, traz-nos um hotel futurista, uma nave espacial que viaja de planeta em planeta, proporcionando luxo em cada localização. Mas a bordo estarão vários espiões e todos os passageiros terão o seu próprio segredo. Teoricamente este volume fará parte de um sub-género, trazendo-nos ficção científica space opera confortável (cozy).
O último volume deste conjunto, O despertar da lua caída, é uma das novas sensações do momento em fantasia, tendo sido recentemente lançado em português pela Marcador. A história remete-nos para um outro Universo onde existem dragões, que, ao morrer, se enrolam em bolas e se transformam numa espécie de luas. O problema é que essas luas caem.