Embora conheça o género no qual se integra o filme, não conheço o jogo que lhe terá dado origem – feliz ou infelizmente, já que como filme deve ter sido dos piores, senão o pior que terei visto numa sala de cinema.

No início somos apresentados a uma criança sonâmbula que deambula durante a noite murmurando silent hill enquanto é procurada pelos pais preocupados. Bem, na verdade, apresentados não será o termo mais correcto, já que praticamente não existe qualquer introdução ou apresentação ao filme, passando-se por uma sequência de acções sem sentido que nos levam até à vila assombrada onde a menina se separa da mãe. Não existe sequer a criação de um ambiente misterioso ou de suspense.

Os diálogos, praticamente inexistentes, até poderiam não ter sido mostrados de tão maus que se tornam, e as frases em paredes ou umbrais, que talvez pretendessem causar algum assombro ou impacto, são sequências de palavras desconexas. E se as frases proferidas deixam algo a desejar, também as interpretações não são de todo satisfatórias, e os figurantes, então, são de temer.

Ah. Existem monstros. Conjuntos estranhos pouco originais que lembram múmias que se deslocam com alguns ossos partidos. Mas, cereja em cima do bolo são mesmo as adaptações horripilantes de possíveis fétiches masculinos – enfermeiras de uniforme justo em poses estranhas e cenas que lembram remotamente hentai.

Finalmente, e como se não tivesse sido já dado a entender, nada faz sentido. Ainda que filmes do género estejam normalmente repletos de momentos pouco inteligentes, aqui o nonsense impera do princípio ao fim. E não, nem para rir deu.