Este segundo volume abre com a história em que Luca Torelli e Rascal se conheceram, uma história em que Rascal se safou por um triz de ir desta para melhor, ao demonstrar a sua capacidade de disparar uma arma. As duas histórias que se seguem apresentam Torpedo em missões falhadas por circunstâncias que lhe são alheias – duas missões frustrantes que o levarão a direccionar a raiva em vários sentidos.
Sem pudor em usar as mulheres com as quais se cruza, ou em disparar a torto e a direito sobre quem cruza o seu caminho indevidamente, Torpedo nem sempre tem a vida fácil. Em Um Salário de Medo, história passada em 1929, a economia estagnada leva Torpedo a procurar outras ocupações, neste caso como condutor de uma carrinha que levava bebidas alcóolicas. O seu companheiro deixa-se enrolar por uma rapariga e cabe a Torpedo levar com as consequências de um transporte com falhas demasiado graves.
A última história do volume apresenta um duro episódio da infância de Luca Torelli, que explica como perdeu o irmão, resultado da violência doméstica a que os pai submetia rotineiramente. Trata-se de uma história que explica o contexto em que Torpedo cresceu, um meio pobre e carregado de violência, onde terá de se virar.
Este segundo volume apresenta história de um só desenhador, captando o tom mafioso, por vezes contraditório de Torpedo, numa sucessão de episódios que exploram a degradação moral da personagem.
A série Torpedo foi publicada pela Levoir em parceria com o jornal Público.