Nomeada para um prémio Hugo, esta história de George R. R. Martin recorda-me outra obra do autor – Fevre Dream (publicada em Portugal pela Saída de Emergência como Sonho Febril), mas se esta pertence ao género fantástico, Nightflyers é totalmente uma história de ficção científica que também se entrelaça com o horror, referindo-se a passageiros suspeitos que põem em risco os restantes.
Nightflyers começa por nos apresentar um mundo onde os humanos se expandiram pelo Universo e habitam vários planetas, mantendo a sua curiosidade e interesse em investigação. É assim que um grupo contrata uma nave para investigar a existência de uma mítica espécie alienígena, uma espécie bastante antiga que será referida de forma diferente, nos diferentes mitos de várias civilizações.
Mas quando o grupo se introduz na nave, a curiosidade volta-se para o meio de transporte e para o seu dono, que nunca aparece fisicamente, apenas enquanto holograma. A nave encontra-se totalmente dividida em duas componentes estanques, sendo que o comandante tem olhos e ouvidos em todos os cantos da nave. Os verdadeiros problemas começam quando a senciente de nível 1 começa a sentir uma presença hóstil a bordo.
Sendo uma história relativamente curta e, nesta edição, bastante ilustrada, Nightflyers não atinge a complexidade e o ambiente pesado de Fevre Dream, apesar de conseguir criar uma intensa aura de terror. O desenvolvimento possui alguns momentos expectáveis mas, mesmo assim, consegue manter o leitor envolvido. O resultado é uma boa leitura de terror carregada de elementos de ficção científica.
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