No primeiro volume de Bone Parish fomos apresentados à peculiar premissa: uma droga produzida e comercializada por uma família que está habituada à vivência dura nas ruas. O sucesso da droga atrai grupos concorrentes – e enquanto alguns estão dispostos a tentar a via da negociação, outros preferem vias mais duras e agressivas.

Compreendido o conceito, este é um volume de estabilização. Existe alguma acção, mas no seguimento da que já tinha existido no primeiro volume. Em compensação, colocam-se algumas personagens em diferentes localizações e em diferentes estados de espírito – talvez uma preparação para os próximos volumes.

Na realidade, pouco acontece neste volume. As facções inimigas abstém-se de ataques directos mas tentam desenvolver a sua própria versão da droga, com consequências aberrantes. Por outro lado, as consequências do último confronto ainda se fazem sentir na família, e, ao invés de união, as diferenças que sempre existiram levam ao afastamento progressivo.

Em termos visuais, este segundo mantém-se dentro do registo do primeiro. A maioria das páginas são soturnas, decorrendo em cenários nocturnos. Destacam-se as secções relacionadas com a droga, onde surgem cores mais vibrantes ou, até fluorescentes.

Ainda que não seja um volume com grandes acontecimentos, é um volume estabilizador, que aproveita para explorar a história de algumas personagens, adicionar tensão à história e colocar algumas peças no sítio para os próximos volumes. Ou assim parece. Será algo a confirmar no terceiro volume e que pode decidir o parecer da história.