Dos três livros sobre a história da ficção científica que leio, este é o segundo. O primeiro, muito pequeno mas com as referências essenciais, é organizado numa lógica muito diferente deste segundo. Aqui, vários autores falam de uma determinada época, referindo as tendências mais populares para cada década e alguns dos livros mais marcantes e representativos dessa época.

É, tal como o outro livro, uma história muito centrada no mercado anglosaxónico, com algumas, raras alusões a autores fora deste círculo. A excepção mais marcante é quase no final, nas últimas páginas em que se fala de afrofuturismo e de obras criadas fora da língua inglesa.

Esta forma de apresentar a história, deixando a cada autor uma parcela para se entreter resultou nalgumas repetições – para contextualizar a sua parte os autores falam de obras anteriores ou referem, por vezes, obras mais recentes em tom de continuidade, como que a mostrar que houve um legado deixado por esta época.

O resultado é, por vezes, interessante, mas significa que algumas obras são repetidas em mais do que um texto – o que pode se pode traduzir em abordar a mesma obra de forma diferente e complementar, ou numa “simples” repetição do que já tínhamos lido.

Devidamente carregado de referências bibliográficas e imagens das capas ou representativas dos livros, este volume possui várias sugestões de leitura e aumentou, bastante, a minha lista de livros a adquirir – como já seria de esperar. Não é, no entanto, extraordinário, no sentido em que quase todas as referências são conhecidas e expectáveis. Portanto, vou continuar a procurar um volume que apresenta uma abordagem menos centrada nos exemplos que já se conhecem.