77 – Elixir – Frank J. Barbiere, Ricky Mammone e Victor Santos – História de volume isolado, leva-nos para um futuro próximo onde, a par com a tecnologia, existe magia. A humanidade está dividida entre as duas, tecnologia e magia, sendo que cada parte se opõe totalmente ao uso da outra vertente. Esta oposição é uma guerra oculta, uma divisão que leva a seita da magia a treinar os seus membros em técnicas de luta e batalha. O conceito está engraçado, mas a história acaba por se apresentar simplista, não desenvolvendo a potencialidade da premissa ou das personagens;
78 – Segmentos – Richard Malka e Juan Giménez – Com o mesmo desenhador que o clássico Metabarões, este Segmentos recorda, nalguns detalhes, as premissas de Jodorowsky, pela forma como agem as autoridades, e pelo desenvolvimento de extremos de comportamento e crença. É, no entanto, bastante mais contido na narrativa, mas bom na capacidade de progredir a história e apresentar elementos curiosos, até irónicos. Uma boa história de ficção científica que poderá chocar os mais sensíveis – ainda que não tanto quanto Jodorowsky;
79 – Jackalope wives – T. Kingfisher -Colectânea de histórias da autora onde se denotam alguns dos elementos que depois estarão presentes em alguns dos romances que publicou. Curiosamente, o conto mais premiado e que dá nome ao conjunto é dos menos interessantes. Muito bom para quem gosta do estilo da autora;
80 – Time before time – Vol. 1 – Shalvex, McConville, Palmer, O’Halloran e Ostmane-Elhaou – Mais uma série de banda desenhada de ficção científica da Image comics, mas que, desta vez, me pegou. A premissa leva-nos a conhecer uma agência de viagens no tempo que cobra valores incalculáveis pelos seus serviços. Esta agência não é simplesmente uma empresa, mas opera como uma empresa mafiosa. Ao longo dos tempos, reúne inimizades que se irão aliar para tentar combatê-la. Outro aspecto interessante é o facto de os futuros apresentados serem inóspitos e decadentes, numa espécie de Blade Runner ainda mais deprimente.