137 – Viajero de Gris – Carlos Trillo – Alberto Breccia – A história, de tom negro e desenho ainda mais escuro, remete para um prisioneiro que escapa das grades através da imaginação. O resultado é visualmente fascinante, com desenhos de várias texturas e realidades;

138 – Decálogo – Vol. 6 – Giroud e Mounier – Neste sexto volume, o livro misterioso volta a causar uma série de desgraças, neste caso de âmbito mais familiar. Duas famílias que escapam da guerra no Egipto encontram-se a bordo graças ao livro. Se existe algo que têm em comum (ambas as mulheres estão grávidas), há algo que também as distingue, o estatuto social. Após darem ambas à luz, uma grande tempestade abate-se sobre o barco. Uma das crianças morre – a outra é trocada de família. Anos mais tarde, revemos ambas as famílias e o percurso que decidiram percorrer depois daquela noite;

139 – Luminaries – Susan Dennard – História YA que apresenta um mundo bastante interessante – todas as noites uma névoa materializa pesadelos numa densa floresta. Esta névoa existirá em vários locais do planeta e, nos primeiros anos traz apenas monstros comuns. Com o passar do tempo, estes monstros comuns adquirem particularidades ou surgem outros mais peculiares. Nesta realidade, algumas famílias vivem com o objectivo de, todas as noites, destruir estes pesadelos. A personagem principal é de uma destas famílias, mas todo estatuto social é posto em causa quando se descobre que o pai é um traidor. Mesmo sem ter o treino habitual, decide-se a fazer a prova que lhe permite ser oficialmente uma caçadora – mas a prova não irá decorrer como esperado. A história centra-se pouco em dramas adolescentes e mais na caça ou na preparação da caça, com uma componente forte de exploração dos monstros. É uma narrativa movimentada com um mundo interessante e é provável que leia o próximo volume;

140 – Illuminations – T. Kingfisher – Nesta recente narrativa de T. Kingfisher, algumas famílias de humanos são capazes de impregnar pinturas com poderes mágicos. Os poderes de cada pintura estarão associados aos desenhos efectuados. Rosa, órfã que vivem com os tios e a avó, é de uma destas famílias. Mas ainda não é capaz de realizar pinturas mágicas. Um dia, aborrecida, resolve-se a explorar o sotão e, sem querer, liberta uma criatura destruidora de pinturas mágicas. A história é engraçada, destinada a um público juvenil, mas peca onde as narrativas desta autora não costumam pecar, ao tornar a personagem principal o elemento que vai resolver todo o drama. Em simultâneo, a família parece ser apenas constituída por pintores mágicos, o que não é explicado… alguém tem de casar fora das capacidades mágicas…