65 – Farsa da Inês Pereira – Gil Vicente, adaptação de André Morgado e Jefferson Costa – A adaptação do autor da barca do Inferno, por João Miguel Lameiras e Joana Afonso, já tinha construído um resultado interessante. Também este, Farsa de Inês Pereira, resulta numa história divertida e movimentada, fácil de captar, com desenhos expressivos e engraçados. É, portanto, uma leitura aconselhável, mesmo para quem não tenha a obrigatoriedade de o ler;
66 – Mensagem – Fernando Pessoa, adaptação de Pedro Vieira de Moura e Susa Monteiro – Se a adaptação de um clássico já não é fácil, então a de um poema épica, traz os seus próprios desafios. Mensagem apresenta a obra de Fernando Pessoa, enquadrando-a com desenhos alusivos à acção, quando esta decorre, ou com simbolismos quando as palavras não são tão facilmente adaptadas para algo concreto. É um trabalho interessante, ainda que o não seja o meu estilo de leitura;
67 – Wonderland – Children of the future age – Derek Watson e Kit Wallis – História pós-apocalíptica com aura experimental que entrega uma história de solidez duvidosa. Existem elementos curiosos, mas acima de tudo, existe uma aura de estranheza, num desenvolvimento que não parece querer ser levado a sério. Ainda assim, consegue, de alguma forma, interessar nalguns momentos, com elementos curiosos;
68 – O Mundo Sem Fim – Jancovici e Blain – Eis um livro que já me tinha despertado a curiosidade – foi daqueles que vi em praticamente todas as lojas de BD em Paris no ano passado (até em papelarias com meia dúzia de livros). Felizmente, soube-se, também o ano passado, que deveria ser lançado em Português. Eis. Não se trata propriamente de uma história, sendo mais um volume de não ficção onde os autores abordam as questões climáticas, explicando como a evolução do estilo de vida humano tem contribuído para as alterações climáticas. O volume não se fica por apresentar a problemática, mas também por apresentar algumas soluções. É uma leitura essencial nos dias de hoje que poderá despertar alguma polémica.