
Radiant é uma Manfra, ou seja, uma série de autoria francesa ao estilo Mangá. Foi a primeira deste género a ser traduzida e lançada no Japão, e entretanto já foi adaptada para série televisiva. O lançamento em português faz-se pela editora Asa.
A série Radiant centra-se num jovem rapaz, de nome Seth, que sobreviveu a um ataque de um Némesis, e portanto, é amaldiçoado, conseguindo desta forma ter poderes mágicos. Os Némesis serão monstros de origem desconhecida que surgem na Terra e atacam os humanos. Apenas podem ser combatidos por aqueles que desenvolvem os tais poderes mágicos e se transformam em feiticeiros.



Seth sonha em lutar contra os Némesis, mas a sua cuidadora prefere mantê-lo a salvo. De boas intenções, mas desastrado, antagoniza sem querer os aldeões mais próximos. Não que tenha de fazer muito para isto acontecer – os feiticeiros são temidos e existe até uma entidade oficial que os caça, denominada de Inquisidores. A sua oportunidade de se mostrar como um herói irá chegar, mas de forma inusitada.
Tal como é habitual neste tipo de séries, a linha narrativa é relativamente simples, fazendo com que seja própria à leitura de jovens leitores. Neste caso (e pelo menos neste primeiro volume) a série parece mesmo apropriada para jovens adolescentes, com piadas fáceis e uma personagem desastrada, o que confere uma aura agradável à leitura do conjunto. A somar a isto, os confrontos não são sangrentos (neste caso, até cómicos) e não vislumbrei referências a sexualidade.



Entre outras séries do mesmo género, esta série destaca-se por apresentar não só o aparecimento do herói, mas os primeiros momentos de como parte para adquirir mais formação mágica para se transformar no que pretende. É uma série fluída e agradável, ainda que não surpreenda – há um herói de contornos inocentes e desastrados, uma força maléfica nas sombras, e talvez conhecidos que se juntem nas próximas aventuras (a ver). A série terá influência de One Piece segundo o próprio autor, e diria que a personagem parece ter alguma inspiração neste Mangá.
O grande defeito desta série será, a meu ver, o tamanho da página e das letras. De formato ligeiramente inferior a outras séries Mangá (como as da Devir, ou as da Presença), o tamanho da letra vai oscilando consoante o espaço disponível, sendo por vezes, de difícil leitura.