5 – Emily Wilde’s Map of the Otherlands – Heather Fawcett – Gostei tanto do primeiro volume que corri a comprar e a ler o segundo. E só ainda não li o terceiro porque ainda não saiu. Apesar de ter algum romance (tangencial) costumo gostar de narrativas que referenciam as fadas tal como as que existem nos mais velhos contos, reinos onde os humanos se perdem por dezenas de anos ou dançam até à exaustão. É num mundo onde existem estes reinos que uma académica lança uma enciclopédia (no primeiro volume) e pretende agora mapear os diversos domínios, ao mesmo tempo que procura uma porta para que um Rei das Fadas possa reivindicar o seu papel. A personagem principal é meio aluada em tudo o que concerne tópicos não académicos, estabelecendo relações humanas com dificuldade. Felizmente, o estudo de inúmeras tradições com as fadas permitem que interaja com elas de forma produtiva, vivendo mirabolantes aventuras, ao mesmo tempo que procura publicar mais um artigo académico;

6 – Thorgal – Adeus Aaricia – Robin Recht – Depois da Seita ter retomado a publicação de Thorgal em Portugal, resolvi ler os primeiros volumes e surpreendi-me pelo cruzamento de elementos de ficção científica e fantástico, ao mesmo tempo que se exploram personagens pouco típicos, que se afastam bastante daquilo que eram as minhas expectativas (algo mais do género Conan). Este volume retorna a um Thorgal envelhecido e enfraquecido pela perda recente da sua companheira de vida, levando-o ao início da sua existência e mudando algumas circunstâncias do passado – elementos que terão sido decisivos para o desenvolvimento da personagem como a conhecemos. É uma história carregada de acção, mas também com introspeccção, numa sequência agridoce e nostálgica;

7 – Naturezas Mortas – Zidrou e Oriol – Este volume apresenta um registo diferente de Zidrou. Não esperem histórias fofas que cruzam duras circunstâncias de vida com elementos naive ou positivos, antes uma espécie de homenagem a um artista catalão, que apresenta as dificuldades financeiras em que se encontrava, bem como as suas obsessões, ao mesmo tempo que o envolve em circunstâncias sobrenaturais. É um história peculiar, com uma componente divertida, mas que, de alguma forma, não me tocou como as restantes narrativas de Zidrou;

8 – The wood at Midwinter – Susanna Clarke – Pequena história passada no Universo fantástico de Jonathan Strange and Mr. Norrell que se destaca pela qualidade da edição e pelo desenho. A história em si é inconsequente, apesar de agradável e poética.