33 – The Practice, The Horizon and the Chain – Sofia Samatar – O mais recente livro de Sofia Samatar apresenta uma fascinante história de perspectiva futurista. A história começa por nos apresentar um jovem rapaz que teve a infelicidade de nascer nas caves, uma localização caracterizada pela sobrepopulação onde os seres humanos, acorrentados e tratados como uma sub-espécie, vivem quase na escuridão, perpetuando histórias entre eles que falam de um existência diferente. Mas este rapaz há-de ser também um dos poucos que tem a oportunidade de ver como vive o nível acima, englobado num programa académico que provoca a sua adopção por uma professora. Num local onde ninguém pode ir onde quer sem autorização, a falta de perspectiva do rapaz irá ser vista como resistência. Um livro peculiar que se destaca pela capacidade de escrita da autora e pela forma como desenvolve a perspectiva das personagens;

34 – The Sacrificers – Vol. 2 – Remender, Fiumara, Araújo e McCaig – Se o primeiro volume tinha fascinado pela construção do mundo e pelo desenvolvimento de uma premissa Omelesca (referência ao The Ones who walk away from Omelas da Le Guin) este segundo parece um pouco perdido em direcção, apesar de visualmente ser fabuloso. A história segue agora, sobretudo, duas personagens, a filha dos deuses que deambula na Terra sem poderes, e o jovem pássaro que devia ser um sacrificado e se revoltou, ganhando esses poderes.

35 – Terror Island – Alexis Nesme – Esta aventura Disney surpreende do ponto de vista visual! A agência de detectives, da qual fazem parte os nossos heróis, é incumbida de um caso de desaparecimento. Este caso leva a personagens a procurar uma ilha que terá vários tesouros (sobretudo um crâneo de diamante). A aventura possui contornos de King Kong e Indiana Jones, numa narrativa movimentada e misteriosa, que permite desenvolver paisagens fabulosas e catacumbas sombrias.

36 – Coeur de Pierre – Séverine Gauthier – Este pequeno volume apresenta a história poética de duas crianças que nascem com capacidades emocionais opostas. Enquanto o rapaz nasce frio, triste e distante mas de coração forte, a rapariga é amorosa e alegre, mas frágil. O resultado é visualmente agradável, proporcionando jogos de palavras curiosos.