A moda dos vampiros persiste e se em Setembro assistimos ao lançamento de A Estirpe (Objectiva), Memórias de um vampiro (Editorial Presença), e à continuação das sagas de Charlaine Harris e P.C. Cast e Kristin Cast (pela Saída de Emergência), em Outubro aguardamos a colectânea Contos de Vampiros, pela Porto Editora, que reúne contos de diversos autores como Agualusa, Miguel Esteves Cardoso ou Gonçalo M. Tavares; assim como Drácula, O Morto Vivo (Planeta Editora).
Este último é uma sequela de Dracula de Bram Stoker, escrito pelo bisneto Dacre Stoker e Ian Holt, tendo como base as notas do próprio Bram Stoker.
Mas felizmente este mês não vemos só vampiros. A Saída de Emergência continua Saga do Assassino com a publicação de A Corte dos Traidores, e lança The Warlord of the Air (ainda sem título em português), um dos que é, para mim, dos mais esperados lançamentos deste mês. Da autoria de Michael Moorcock, The Warlord of the Air é uma obra de ficção científica e história alternativa, que decorre nos anos 70 em Inglaterra, centrando-se num soldado britânico na Índia, num mundo onde a primeira Guerra Mundial nunca ocorreu.

Ainda pela Saída de Emergência encontra-se agendada para este mês a publicação de O Terror de Arthur Machen. Este será um livro que reúne três contos do mesmo autor de O Grande Deus Pã. Fica a sinopse:
O Terror é um dos três contos reunidos nesta obra. Neste conto, ambientado numa região isolada a Oeste de Gales, relatam-se acontecimentos bizarros e inexplicáveis, onde a natureza parece ganhar vontade própria e revoltar-se contra a humanidade. O poder contagioso de forças obscuras cria um clima de tensão e leva à violência. Numa época em que todas as atenções estavam viradas para a Primeira Guerra Mundial, este conto é susceptível de diversas interpretações ou analogismos que o autor terá escondido na sua trama enigmática.
Se o lançamento de O Nome do Vento de Patrick Rothfuss, pela Gailivro, em Setembro, já me tinha surpreendido, que dizer da publicação de O Homem Pintado de Peter V. Brett?
Lançado em 2008, The Painted Man decorre numa civilização avançada, mas reduzida por uma idade medieval causada pelo ataque de demónios, que todas as noites sobem à terra para se alimentarem de humanos. Conjuntamente com The Warlord of the Air, este será um dos lançamentos que mais me interessa este mês. Para os interessados, a editora disponibilizou as primeiras páginas online.
Ainda pela Gailivro, é publicado Dente de Dragão (Dragonlinks), o primeiro volume das Crónicas de Jelindel, do autor australiano Paul Collins. Quanto à história do livro, fiquei confusa – se na sinopse inglesa se fala de seis pedaços de uma cota de malha, na sinopse portuguesa referem cinco pedras pentagonais. O que se consegue concluir é que existe uma demanda a cargo de uma condessa, contra um vilão que também procura os mesmos objectos.
O mês passado, mas ainda assim digno de referência, foi também publicado As Atribulações de Jacques Bonhomme de Telmo Marçal, pela Gailivro, um livro de doze contos de ficção científica, que espero ler em breve. Para os potenciais interessados, um dos contos de Telmo Marçal pode ser lido na Bang 5, disponível online pela Saída de Emergência.
Também a Bertrand se embrenha este mês no fantástico ao iniciar a publicação da trilogia The Black Magician, da autoria de Trudi Cannavan: O Mágico Negro. Neste volume conta-se a história de uma jovem, Sonea, que descobre o seu potencial mágico por acaso. O poder descontrolado torna-a um alvo do Sindicato dos Mágicos que pretende torná-la um membro da sociedade. Ainda que esta trilogia não me atraia bastante, parece interessante e talvez lhe dê uma oportunidade nos próximos tempos.
Os Jogos da Morte é o primeiro volume de uma outra trilogia fantástica, a ser publicada pela Editorial Presença, da autoria de Suzanne Collins. Muito falado internacionalmente, decorre num mundo pós-apocalíptico onde um poderoso governo se estabelece.
Nesta sociedade marcada por eventos catastróficos, os Jogos da Morte são competições de sobrevivência que decorrem anualmente e são seguidos na televisão, para os quais são seleccionados 12 rapazes e 12 raparigas, que lutam entre si, de tal modo que no final apenas um poderá sobrevivrer.
Após esta descrição e todo o furor e propaganda de que o livro tem sido alvo internacionalmente (oferta de exemplares, imensos posts com as sinopses…) sinto alguma curiosidade em saber mais… mas não o suficiente (pelo menos por enquanto) em adquirir e ler.
Finalmente, a Oficina do Livro irá publicar O Sindicato dos Polícias Iídiches, de Michael Chabon. Nomeado para os prémios Hugo, BSFA e vencedor do Nebula, o livro enquadra-se no género da história alternativa, retratando um mundo onde os judeus terão ocupado o Alasca para fugirem ao Holocausto. É nesta sociedade que decorre o homicídio de um jogador de xadrez, um jovem que, após algumas investigações policiais, se descobre ser uma importante peça no cenário político.
Já li o livro há algum tempo, na língua original, e recordo-me de ter apreciado mais o clima do que da história em si. Gostei, no entanto, imenso de outro livro do autor, Gentleman of the Road e Kavalier & Clay aguarda já numa estante a oportunidade para ser lido.
Não fazia ideia que o “The hunger games” também ia ser editado em português. Boas notícias.
yeap ! e a capa portuguesa já se encontra disponível ! uma coisa que acho que continua a falhar é a divulgação antecipada das capas… :S
Isso é bem verdade, afinal no estrangeiro chegam a lançar as capas com meses de antecedência em relação ao livro e acabam por deixar as pessoas com uma (boa) expectativa.
O “hunger games” é muito bom. Superou as minhas expectativas em todos os sentidos!
Roberto Mendes