Guerra Americana é o primeiro livro de Omar El Akkad, um autor egípcio que, antes de escrever este seu primeiro livro, se formou como informático e trabalhou como jornalista na guerra do Afeganistão, Guantanamo (acompanhando os processos judiciais), Primavera Árabe no Egipto, ou nos Estados Unidos no seguimento de Black Live Matter.
Esta componente do currículo torna-se importante para perceber o relacionamento com este primeiro livro que retrata um futuro onde, no seguimento de fortes alterações climáticas, eclode uma Guerra (2074) que dá origem a profundas separações no país. A história é apresentada após esta guerra e consequentes separações, intercalando a narrativa centrada numa personagem com documentos que terão sido encontrados posteriormente.
A história tem sido muito bem aclamada pelos críticos e parece-me bastante interessante, tanto pelo tema, como pelo trabalho anterior do autor. Deixo-vos a sinopse disponibilizada pela editora, Saída de Emergência:
Sarat Chestnut nasceu no Louisiana e tem apenas seis anos quando a Segunda Guerra Civil Americana eclode em 2074. Mas até ela sabe que o petróleo é proibido, que metade do Louisiana está submerso e que drones não tripulados sobrevoam os céus. Quando o seu pai é morto e a sua família é obrigada a viver num campo de refugiados, ela rapidamente começa a ser moldada por esse tempo e lugar até que, finalmente, pela influência de um misterioso funcionário, se transforma num instrumento mortífero da guerra. A sua história é contada pelo seu neto, Benjamin Chestnut, que nasceu durante a guerra – parte da Geração Milagrosa – e é agora um idoso a confrontar os segredos negros do passado, do papel da sua família no conflito e, em particular, a importância da sua tia, uma mulher que salvou a sua vida ao destruir a de outros.