Terra e sangue é o segundo volume de Ermal, uma série de banda desenhada da autoria de Miguel Santos que decorre num mundo pós-apocalíptico em que a Guerra Fria levou à devastação do hemisfério norte com fogo nuclear. Os refugiados agora são os europeus, que se tentam refugiar nos países africanos. A presença de origem ocidental constitui mais uma força divergente, mais uma facção para se ter em conta no equilíbrio de poderes que divide os territórios.
Tal como o primeiro volume, carregado de acção, sob a forma de confrontos directos e indirectos (resultantes da espionagem), este segundo continua, mostrando as tensões políticas entre as diferentes facções e como os jogos de espionagem, os agentes adormecidos e as influências políticas podem ser usadas de forma estratégica e colocar facções em bom rumo de acordo, em suspeitas mútuas e complicadas.
Mais longo (felizmente, que o defeito do primeiro volume era, sobretudo, ser curto e não ter espaço para se estender), Ermal – Terra e Sangue, apresenta uma cidadela que se tenta manter coesa, entre as várias pressões, e que tenta criar um futuro pós-apocalíptico apesar das sombras de um passado que se reflecte num contexto social totalmente diferente.
Ermal – Terra e Sangue não é uma história linear e simples, oscilando entre os vários pontos de vista para nos fornecer toda a complexidada da trama, e decorre num futuro onde a humanidade corre o risco de se afundar. Ermal – Terra e Sangue foi publicado pela Escorpião Azul.
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