
Depois de um segundo volume que achei mediano, este terceiro volta a apresentar Gertrudes na sua busca pelo caminho para casa entre vários reinos encantados! A novidade – Gertrudes quer ser boazinha para poder finalmente ir para casa.

Mas todas as tentativas de fazer boas acções terminam em reviravoltas tragicamente engraçadas – Gertrudes traz um bebé larva de volta à mãe depois de um resgate em que enfrenta uma vila de cogumelos ninja shitaki! Mas a recepção pela mãe não será exactamente aquela que esperamos.

Sim, Gertrudes consegue ser irritante e vingativa, mas perante algumas personagens das terras mágicas, até parece boazinha! Quem não compreende uma pessoa que fica desta forma, decorridos mais de 20 anos numa terra carregada de fofuras, musiquinhas, doces e loucas reviravoltas?

Depois de várias missões falhadas, uma nova hipótese surge – resolver um labirinto! Por vários motivos, este labirinto recorda-me o filme Labyrinth com David Bowie – a caracterização do dono do labirinto (com calças demasiado justas), a existência de um interesse romântico por uma criança (ou semi adolescente) ou a sucessão de monstros que se revelam mais interessados em Gertude do que seria correcto.

Mas este lado positivo de Gertude não será bem visto por vários habitantes de Fairyland que ainda se querem vingar, impedindo-a de voltar a casa e eliminando-a!

Este terceiro volume volta a trazer o alto contraste entre o mundo fofinho e colorido com as acções violentas e mal intencionadas que decorrem em torno de Gertude. Este contraste é fortalecido pela história de Larry, a mosca que guia Gertude – outrora um guia perfeito, a estrela das terras encantadas que teve um colapso nervoso com tanta perfeição, cantoria e felicidade.

Este volume possui uma grande diversidade de episódios com cenas de grande originalidade que resultam bem na intenção de divertir. Não faltam as referências a histórias fantásticas, nem a deturpação de alguns clichés do género!
Fiquei com vontade de ler 🙂