Neste conto de ficção científica (talvez Space Opera) é-nos apresentada uma união de espécies alienígenas que usam a forma humana como forma de tributo a uma espécie desaparecida. Pois é. Vários milhares de anos depois dos seres humanos se terem extinguido a eles próprios, restam apenas umas “sleeves” extraterrestres.

A personagem principal será um desses alienígenas que agora se desloca a um novo planeta (acabado de sair de quarentena) com o intuito de fortalecer contacto. Aqui encontra uma nova forma de estar e de amar, num complexo sistema de sexos e parceiros.

Apesar de, como bióloga, sentir curiosidade quanto às possíveis vantagens evolutivas de tal sistema (seria uma abordagem curiosa), em termos narrativos a história consegue introduzir uma forma de estar diferente, apesar de a apresentar sob o ponto de vista de alguém com outra cultura. O resultado é curioso, conseguindo manter o leitor envolvido.

Os primeiros parágrafos são introdutórios, mas não sobrecarregados com informação, antes colocados de forma interessante, com algumas frases em perspectiva sobre o fim da espécie humana. É uma abordagem que consegue, assim, apresentar uma Confederação Alienígena sem humanos e, mesmo assim, interligar a espécie humana com a sua existência.

A narrativa é competente, e a personagem principal revela-se suficientemente observadora e inteligente para que a possamos acompanhar na sua viagem de descoberta.