A antologia termina com uma história num futuro pouco distante em que as alterações climáticas provocaram o aumento significativo dos incêndios florestais. Neste contexto, o evitar de desgraças humanas leva ao total êxodo das zonas rurais e a concentração nas cidades, que recebem assim, os refugiados.
É nesta premissa que encontramos duas opiniões distintas em relação aos bombeiros – deve deixar-se arder, livremente, as florestas, ou intervir sabendo a consequência financeira e humana dessa intervenção? De um lado encontram-se os comentadores de café, aqueles que têm sempre uma opinião, do outro uma bombeira que serve, também, à mesa de um café.
A narrativa é-nos apresentada pela perspectiva de outra empregada do mesmo café que parece aproximar-se emocionalmente da bombeira, naquele género de interacção de incerteza e insegurança que caracteriza os estados iniciais de aproximação.
A premissa é simples, mas desenvolvida de forma consistente e competente, resultando num conto que pode muito bem tornar-se no nosso futuro.